Quinta-feira, 29 de Novembro de 2007
Hoje dei valor à minha voz.
Uma apresentação e eu a sofrer para falar alto sem vestígios de entupimento nasal e garganta inflamada. E se eu fosse uma pessoa capaz de estar calada meio minutos neste momento seria capaz de falar.
Falar para mim é tão essencial que fico rouca quando estou muito tempo calada.
sinto-me: a fungar pelos cantos
Quarta-feira, 28 de Novembro de 2007
Nariz entupido, espirros a toda a hora, febre, testes, trabalhos......aaaaaaaah já estou farta!
sinto-me: doente
Sexta-feira, 23 de Novembro de 2007
Ontem nem tive tempo passar coçar o cú de tanta coisa que tinha para fazer.
Recebemos no laboratório meninos da primária que nos estiveram a ver fazer experiências.
Foi cansativo fazer 20 vezes as mesmas experiências.
Mas o olhar curioso deles, as bocas de espanto, o respeito que tinham por nós valeu por tudo.
Testes e trabalhos. Cheira-me que me vou baldar uns dias aqui ao blog.
sinto-me:
música: 1234
Quarta-feira, 21 de Novembro de 2007
Hoje fui à caixa do correio e estava lá o catálogo dos brinquedos que estão à venda no Modelo. Na capa estava a Popota, apesar de ser uma figura nova é impossível não conhecer a música da Popota. Andei a folhear aquilo e vi como aquelas merdas são caras.
Há brinquedos para tudo, cozinhas, tábuas de passar, casas de banho, carrinhos de bebé e mais umas quantas porcarias.
Eu por acaso nunca fui criança de pedir muito no Natal, chegava-me uma Barbie, daquelas que não vêm com montes de merdas atrás.
A minha casa das Barbies era ou uma prateleira da estante ou a parte debaixo do meu guarda-fatos, os colchões eram livros, e os móveis eram legos. Tinha pouca coisa mas muita imaginação.
Nas publicidades parece que só tendo brinquedos é que uma criança pode ser feliz . "O mundo encantado dos brinquedos". Deprimente.
Há campanhas para angariar alimentos, roupa e brinquedos aos que mais precisam. Mas não é só no Natal que eles têm essas necessidades.
O comércio estragou o Natal completamente, é revoltante.
sinto-me:
Terça-feira, 20 de Novembro de 2007
Dias monótonos os meus.
Viver sempre também cansa! O sol é sempre o mesmo e o céu azul ora é azul, nitidamente azul, ora é cinza, negro, quase verde... Mas nunca tem a cor inesperada.
O Mundo não se modifica. As árvores dão flores, folhas, frutos e pássaros como máquinas verdes.
As paisagens também não se transformam. Não cai neve vermelha, não há flores que voem, a lua não tem olhos e ninguém vai pintar olhos à lua.
Tudo é igual, mecânico e exacto.
Ainda por cima os homens são os homens. Soluçam, bebem, riem e digerem sem imaginação.
E há bairros miseráveis, sempre os mesmos, discursos de Mussolini, guerras, orgulhos em transe, automóveis de corrida...
E obrigam-me a viver até à Morte!
Pois não era mais humano morrer por um bocadinho, de vez em quando, e recomeçar depois, achando tudo mais novo?
Ah! se eu pudesse suicidar-me por seis meses, morrer em cima dum divã com a cabeça sobre uma almofada, confiante e sereno por saber que tu velavas, meu amor do Norte.
Quando viessem perguntar por mim, havias de dizer com teu sorriso onde arde um coração em melodia: "Matou-se esta manhã. Agora não o vou ressuscitar por uma bagatela." E virias depois, suavemente, velar por mim, subtil e cuidadosa, pé ante pé, não fosses acordar a Morte ainda menina no meu colo...
Quando se gosta usa-se
música: Hey there Delilah
sinto-me: cansada
Domingo, 18 de Novembro de 2007
Ontem estava eu por aqueles lados, aproveitei e fui até aos Aliados. Fui ver a maior árvore de Natal da Europa.
Que mania a dos portugueses se exibirem. Podiam exibir-se por coisas mais importantes, a nível económico, social, de saúde e educacional.
É sempre o mesmo.
Não me surpreendeu, preferia a árvore que estava o ano passado nos Aliados.
Quinta-feira, 15 de Novembro de 2007
No procedimento de uma experiência para fazer plástico tinha de juntar leite quente com vinagre. Na mistura formaram-se um gomos, e essa solução foi filtrada.
Aquilo que ficou preso no papel de filtro coloca-se num molde para endurecer.
Se daquilo vai sair plástico não sei. Só sei que deixei o laboratório com um cheiro horrível e alastrou-se para as salas vizinhas. Até parece que ainda agora, já em casa, sinto o cheiro.
sinto-me: enjoada
Quarta-feira, 14 de Novembro de 2007
Estava eu ontem a ver a RTP2, e deu um reclame acerca da violência doméstica. É pena que este tipo de reclames não sejam mais frequentes, informa mais do que mulheres a admirarem detergentes.
Mas o que me marcou mais, o que me chocou, foi o facto de terem dito que 6 em cada 10 mulheres portuguesas sofrem de violência doméstica. Nunca pensei que fosse um número tão grande.
Não percebo como é que a maioria dessas mulheres consegue viver assim. O marido bate uma vez, mas nunca é um caso isolado, e por muito que se ame o marido como é que essas mulheres os conseguem perdoar e calar.
Denunciem, não fiquem caladas.
Terça-feira, 13 de Novembro de 2007
Dar um peido em público é falta de educação.
Chorar em público não é falta de educação.
Isso é injusto. Ambos são manifestações biológicas.
Estou triste ou demasiado feliz, choro. Os meus intestinos estão a trabalhar, dou um peido.
No caso dos arrotos é o mesmo. Se um bebé arrotar dizem "tão giro", se for um adulto dizem "tão porco".
Que raio de sociedade em que vivemos.
Sábado, 10 de Novembro de 2007
Pus-me a pensar no futuro.
É assustador saber que daqui a um ano poderei estar na faculdade a preparar-me para a vida adulta.
Prefiro pensar no resto dos meus dias de menor idade.
música: Uma qualquer que está a dar na Comercial